quarta-feira, 28 de fevereiro de 2007

A Procura de um Lar

Passamos os últimos 15 dias procurando um lar. Como vocês sabem estávamos num apê alugado por um mês. A busca não foi fácil, não tínhamos idéia do que alugar, tamanho e nem da localização.

Para alugar uma unit(apartamento), temos que ir nas imobiliárias, só que o tratamento é totalmente diferente do Brasil. Aí, o consultor imobiliário pergunta qual a sua necessidade, se vc pretende ter filhos logo, garagem, animais de estimação e ele sempre tem o imóvel "perfeito". Aqui, o consultor te entrega um papel com os imóveis disponíveis e vira as costas, nesse papel consta uma breve descrição e o horário da inspeção. No dia da inspeção (geralmente no sábado), o consultor aparece no apartamento e podemos analisá-lo por 15 minutos. Fizemos inspeções que apareceram mais de 10 casais, se vc gostou do apê, então vc preenche uma ficha e paga uma semana de aluguel. Pronto, vc está pronto para concorrer pelo apê. Os critérios utilizados na seleção são: histórico de aluguel, referências de trabalho, extrato bancário, patrimônio, carros, referências pessoais. Como não estávamos fortes em nenhum critério, tivemos que oferecer o pagamento de três meses de aluguel adiantado, fora o depósito de um mês de aluguel(bond) para eventual manutenção se eu estragar alguma coisa, que eles devolvem no final do contrato.

Foi difícil, mas conseguimos, o importante é que temos algo para chamar de lar, pois é a primeira vez que vamos morar só nós dois(Rogerio e Estela). Agora, estamos comprando geladeira, máquina de lavar, micro-ondas, e alguns móveis (cama e colchão é importante, estamos dormindo no chão). Quando estiver mais "ajeitadinho" mandamos as fotos.

domingo, 25 de fevereiro de 2007

Carnaval

Saudades do carnaval brasileiro.... Aqui, vimos algumas festas organizadas por brasileiros, mas eram caras e para estudantes.

Na sexta-feira do carnaval, nós fomos para um CHURRASCO na casa de brasileiros (Obrigado Marcy e André), tinha até caipirinha de 51. A Marcy e o André já estão há 2 anos em Sydney e tem nos dado muita força.

Carnaval tem que ter praia, então no domingo fomos para Manly Beach. Pegamos um ônibus de circulação normal e em meia hora estávamos lá. A praia é muito bonita, tem um gramado com árvores na frente, e muitas mesas para fazer piquenique (uma tradição aqui). O sol estava forte, e muitos aussies (topless é normal aqui) passam o dia inteiro torrando no sol, é por isso que tem muita campanha contra câncer de pele por aqui.

Na terça-feira, estava ancorado em Sydney o Queen Mary II, o maior cruzeiro do mundo, e a cidade parou para ver a queima de fogos. O bairro e o jardim que sempre pareceram parte de uma cidade fantasma estavam lotados e tinha até trânsito. Compramos um vinho e uns salgadinhos e fomos para o jardim em frente de casa ver o navio e os fogos.

E na sexta (23/02) fomos ao Sydney Olympic Park, assistir um show ao ar livre chamado Music by Moonlight (tributo a Bob Dylan). Para variar, as famílias australianas compareceram em peso para mais um piquenique. Eles levam cadeiras, toalhas, isopor, vinho, cerveja, salada, pão, bolacha, patê, salgadinhos, macarrão, arroz, salada, e até água quente para chá. Assim que tivermos nossa casa, vamos comprar nosso kit farofeiro. É incrível, no final todos recolhem seu próprio lixo.

Então o custo do nosso carnaval foi:
- Passagem para Manly, Olympic Park, jardim em frente de casa: $ 0 (nosso passe é semanal)
- Vinho: $ 10
- Farofa: $20
- Satisfação de fazer programas de graça com segurança e organização NÃO TEM PREÇO
- Ter saudades dos familiares, amigos e do carnaval brasileiro também NÃO TEM PREÇO

Vejam as novas fotos, clique aqui.

quinta-feira, 22 de fevereiro de 2007

Trabalho e Estudo, Vida Dura

Quem pensa que nossa vida aqui será só passear e que tem emprego a cada esquina, está enganado. Nós achávamos que éramos fluente no inglês até chegarmos aqui. Os Aussies (australianos) falam muito rápido, e como falamos um pouco, eles não perdoam, falam como se fossemos nativos. O resultado é: até entender uma frase são vários sorry e pardon. Fora o sotaque e as gírias locais, está sendo um desafio.

Estela está fazendo um curso de inglês para imigrantes subsidiado pelo governo. Toda quinta e sexta das 9:30 ~ 13:30. A infra-estrutura é excelente, salas de aula, material, tem laboratório multímidia, e web-site com exercícios. O nível da turma é razoável, é muito difícil para as pessoas do sudeste asiático pronuciarem corretamente. Outra dificuldade é a motivação, tem muitas pessoas que não gostam da Austrália e só estão acompanhando o/a conjuge. E toda aula tem discussão entre as diferenças na cultura, uma das discussões foi sobre saúde. Uma colega do Vietnam contou que no país dela, as pessoas tem que pagar um "dinheirinho extra" para que a enfermeira no exame de sangue extraia o sangue direito. Tem um cineasta do Butão, um milionário da Indonésia, e até brasileiros.

Rogerio foi a uma entrevista em uma consultoria, e sofreu. As perguntas eram focadas em liderança, criatividade e comportamento. Perguntas que ele teria dificuldade de responder em português, ficaram impossíveis em inglês. Ele vai ter que fazer um downgrade no currículo, pois ninguém conseguirá coordenar uma equipe, levantar requisitos sem dominar a língua. Rogerio irá fazer um curso sobre entrevistas de emprego, também subsidiado pelo governo. Começará no dia 05/03 e durará 5 semanas extensível para 10 semanas, dependendo da necessidade. Nós estamos a procura de cursos particulares também. Os preços são caros, mas temos que investir pesado no aprendizado do idioma.

E para quem disse que Rogerio não teria coragem de trabalhar, aí está a prova. Era um estoque de brinquedos, um amigo (Rafael Suda) chamou para cubrir a falta de um funcionário, o trabalho consistia em abrir umas caixas para conferir a quantidade e guardar de novo, além de transportar as coisas de um lado para o outro num carrinho. Aqui não tem preconceito em relação ao trabalho, com um trabalho desse dá para pagar as contas e ter uma vida digna, tem muitos australianos nessa situação. Foi um dia só de trabalho, mas se precisar Rogerio vai a luta.

quarta-feira, 14 de fevereiro de 2007

A Primeira Semana

A cidade aqui é fantástica. Estamos achando tudo muito limpo, organizado, seguro, e principalmente civilizado. Moramos numa baía (dá para ver o mar do nosso apê), para ir para a City (centro da cidade) vamos de ônibus e balsa (ferry) e o caminho é muito bonito, todo dia temos que ver o Opera House, Harbour Bridge e uma vista privilegiada da City.
Nessa primeira semana resolvemos algumas burocracias. Já temos o plano médico do governo (Medicare). Tiramos o Tax File Number (equivalente ao nosso CPF). Abrimos conta no banco. Visitamos nosso agente de imigração. Fomos no centro de apoio ao Imigrante (teremos direito a cursos de inglês grátis, escreverei mais tarde). Ficamos impressionados com a qualidade do serviço público, o cadastro é todo integrado, e eles já tinham todos nossos dados.

O mais importante é que estamos conectados na Internet. Compramos um modem wireless que pega nosso estado inteiro (New South Wales) é só ligar e acabou. Compramos também uns notebooks e caminhamos tranquilamente pelo centro. Aqui é Curíntia, mano!!!!!


Vejam as nossas fotos clique aqui.
Sensacional na próxima semana: Rogerio vai trabalhar (quem adivinha aonde é?), Estela encontra malasianos, vietinamitas, paquistaneses, os cara que moram no Nepau (neupausenses?).

quarta-feira, 7 de fevereiro de 2007

Brasil, Até Breve

Amigos e Familiares, vocês deixaram nossa despedida mais difícil. A cada abraço, a cada beijo e a cada lágrima, sentíamos um pedaço nosso indo embora. Embarcamos com os olhos encharcados, segurando as lágrimas para as pessoas não repararem.
Tristes, mas cheio de esperança, recebemos vários votos de boa sorte, sabemos que temos nosso porto seguro que são vocês, e ainda mais recebendo a bandeira do Brasil, aí ninguém nos segura.
Temos certeza que foi somente um Até Breve.